A política monetária terá de permanecer prudente. De acordo com o governador do Banco da Itália, Ignazio Visco, no momento o BCE provavelmente está dividido em dois campos: um que pede mais aumentos de juros além de março e outro que prega constantemente a dependência dos dados. “Embora a política monetária até agora tenha sido bem-sucedida em estabilizar as expectativas, a grave situação geopolítica torna muito difícil prever futuros desenvolvimentos macroeconômicos. A política monetária – prosseguiu – terá, pois, de continuar a evoluir com prudência, pautando-se pelos dados que vão sendo gradualmente disponibilizados, de forma a trazer a inflação de volta para a meta de 2% no médio prazo, sem pôr em causa a estabilidade financeira e minimizando os efeitos negativos efeitos na ainda frágil recuperação. No entanto, será necessário evitar que o choque de oferta, que o dramático conflito na Ucrânia tornou muito mais persistente do que inicialmente previsto, dê origem a aumentos dos custos do trabalho e das margens de lucro no conjunto da zona euro que não são compatíveis com um retorno suficientemente rápido ao objetivo de estabilidade de preços”, disse Visco.
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