A comunidade educativa exige o fim do “genocídio” na Palestina

A comunidade educativa exige o fim do “genocídio” na Palestina e coloca-a para trabalhar na sala de aula pela paz e pela convivência, dando ferramentas para “aprofundar e compreender” o que está acontecendo.

Isto é afirmado num manifesto assinado pela maioria dos sindicatos da educação -USTEC-STESs-IAC, CCOO, Intersindical, COS, CGT, UGT, AEP e CNT-, a União dos Estudantes e o SEPC, bem como a aFFaC, a federação de associações familiares.

O manifesto condena os crimes de Israel contra a população civil palestina e lamenta o “silêncio cúmplice” da UE, dos governos e das instituições. Perante isto, exige um cessar-fogo imediato e a suspensão das relações e geminação com Israel. Separadamente, os sindicatos estudantis apelaram à mobilização esta quinta-feira e acreditam que o próximo passo é uma greve geral.

Iolanda Segura, porta-voz do USTEC, afirma que ser neutro é ser “cúmplice” de quem está a perpetrar o conflito e garantiu que os sindicatos sempre foram solidários com as situações em todo o mundo em termos de educação. “Tivemos que tomar uma posição”, disse, defendendo falar publicamente para denunciar, entre outras coisas, o bombardeamento de cinquenta escolas em Gaza.

Pedro Mercader, da CGT educação, defende continuar a trabalhar pela paz nas salas de aula e nas ruas. “Quem nos acusa de doutrinação é quem quer impor a doutrina do silêncio a toda a sociedade”, assegurou. Mercader disse que por “responsabilidade pedagógica” eles não ficarão calados e continuarão conversando com os estudantes e se mobilizando até que “o massacre” do povo palestino pare.

Os representantes sindicais também denunciaram o “linchamento” de alguns professores nas redes sociais por parte de políticos que os acusaram de “doutrinar” os alunos.

Greve estudantil

Por sua vez, Paula Leiva, porta-voz da União Estudantil; e Julia Portet, do SEPC, convocaram greve e mobilização visto que nesta quinta-feira há convocação de greve estudantil e manifestação.

Leiva também queixou-se durante a sua intervenção de que a Generalitat “não escuta” e em vez de “romper” as relações com Israel “reprime” os manifestantes. “Os vídeos falam por si”, disse ele a respeito das acusações policiais dos Mossos no último domingo na Estación de France durante a marcha pró-Palestina em Barcelona.

“Querem-nos quietos e oprimidos e não vão fazer com que isso aconteça”, acrescentou Leiva, que defendeu que o próximo passo deveria ser uma greve geral.

Julia Portet incentivou estudantes do ensino secundário, secundário e de formação a aderirem à greve. “Como estudantes da classe trabalhadora devemos ter claro que esta também é a nossa luta”, concluiu.

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Redação

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