Relatam atrasos entre três a seis meses no pagamento dos subsídios das cantinas escolares

A Associação Catalã de Empresas de Lazer, Educação e Cultura (Acellec) reportou atrasos entre três e seis meses no pagamento das bolsas de cantina escolar. Em comunicado, a associação garantiu que este facto “dificulta a viabilidade económica” das empresas que prestam o serviço, uma vez que são obrigadas a financiá-lo “com recursos próprios”.

Além disso, sublinharam que a percentagem de alunos bolseiros “cresce ano após ano” e que a pontualidade no pagamento “é essencial para garantir a eficácia”. Por este motivo, a Acelec pensa em tomar medidas judiciais para penalizar as administrações responsáveis, que, como já disseram, são as câmaras municipais e as câmaras municipais.

No mesmo comunicado, a associação garantiu que se trata de um “atraso histórico”, porque as empresas sofrem com isso há anos, mas que os dados deste ano são “ligeiramente piores” do que os registados no ano anterior. Especificamente, calcularam que em 44,5% dos casos os pagamentos são feitos três meses após a execução do serviço, mas o atraso chega a seis meses nos outros 44,5% dos serviços e aumenta ou ultrapassa o ano em 11% dos casos .

38% dos atrasos devem-se aos conselhos distritais, 29% ao Consórcio Educativo de Barcelona e 24% aos conselhos.

Isto, como explicaram, “preocupa e afeta sobretudo as pequenas e médias empresas”, que têm de financiar o serviço com recursos próprios. “Além disso, não são recompensados ​​com juros ou qualquer outro mecanismo de compensação”, lamentaram. Assim, a Acelec tem insistido que estes atrasos “colocam em risco a sustentabilidade do sistema”, especialmente devido ao aumento anual da percentagem de alunos que recebem a bolsa.

A associação sublinhou que o Governo diz que paga atempadamente as subvenções aos titulares da gestão das cantinas, que são os conselhos regionais, as câmaras municipais e a própria gestão dos centros. Por isso, anunciaram que vão enviar ao Ministério da Educação uma lista das administrações onde a situação é mais grave, e que vão exigir-lhes que “acelerem os procedimentos de pagamentos”.

Dificuldades administrativas

Por outro lado, a Acelec garantiu que os atrasos “não são a única dificuldade que as empresas têm de enfrentar”, mas que são obrigadas a realizar tarefas como a inserção das listas de alunos no sistema de gestão. “Estas tarefas administrativas não são pagas às empresas, não fazem parte dos contratos de gestão dos serviços e não são consideradas na fixação do preço pago por cada refeição”, queixaram-se.

E, na mesma linha, as empresas também têm informado que têm de cobrir o custo da alimentação dos alunos bolsistas que não frequentam a escola e não utilizam o serviço. “Ninguém é responsável pelo custo destas refeições, que representam uma percentagem significativa do serviço como um todo”, decidiram.

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Redação

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